quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Eu mesma, incomum.

Você não me conhece. Sendo honesta, eu não me conheço. Não sou tão ingênua, por vezes me faço. Não sei se é um jeito de evitar situações e/ou pessoas, ou a fuga ao meu mundo. Só tenho tempo para internet às quintas feiras. Meu e-mail está lotado, mas isso não quer dizer que eu seja requisitada. Quer dizer que é tudo propaganda e spams. Meus amigos não batem bem da cabeça e posso resumi-los em companhia, amizade e amor. Já me apaixonei por muitos idiotas. Talvez eu não seja tão incomum são. Mãe protetora. Dois irmãos (chatos) . Pai ausente. Namorado implicante. Deve haver pessoas com características assim. Assim, como eu. Pois bem, características e acontecimentos. Mas o que carrego dento de mim, só eu sei. Sei pouco, mas sei. E não há quem tenha algo semelhante. Não há quem sinta um abraço como eu. Quem goste tanto de pipoca salgada com leite condensado. Que ame minha mãe como eu amo. Que ache graça das piadas mais sem graças. Adora filmes estilo sessão da tarde. Se diverte com pouco. Fala pouco. Se der confiança fala muito. Aparentemente tímida. Se der confiança já viu. Sou pacificamente amigável. Minha cor preferida é lilás. Amo meias e pantufas. Meu pé costuma estar frio. Minhas mãos, às vezes. Não compraria uma monografia. Não sou tão má aluna assim. Sintos saudades de amigos. Caroline, principalmente. Momentos com ela, sem igual. Vou viver 100 anos. Havainas no pé sempre. Sorriso no rosto. Gosto de gatos, cachorros e pandas. Se estou sorrindo não quer dizer que eu esteja feliz. Meu signo é de escorpião. Meu jeito é totalmente mutável. Meu namorado é uma graça. Me completa. Sou frágil. Sou engraçada jogando futebol. Por vezes sou forte. Por vezes choro por pequenos motivos. Não tenho controle com minhas glândulas que produzem lágrimas muito bem. Preciso extrair meus cisos. Prazer, Patricia Modesto. Mas pode me chamar de Patricia Modesto.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Desacreditando por hoje.

Há dias que não dá acreditar. Nos sonhos. Na vida. Em si mesmo. Não dá pra acordar cedo e sorrir pro espelho, como quem diz "Bom dia!". Não dá pra conversar. Ouvir. E simplesmente não dá. Ontem não deu. Hoje não dá. E amanhã. Bem... Amanhã é outro dia. Outro dia. Engraçado como o próximo dia sempre parece ter a solução pra tudo. "Amanhã vai ser diferente". "Tudo vai dar certo amanhã". Pelo menos comigo sempre foi assim. Sempre pensei dessa forma. Bobinha. Enganei-me todas as vezes. Amanhã só é amanhã mesmo. Exceto que você faça acontecer. "Fazer acontecer". Muito irônico isso. A teoria é tão bela enquanto é teoria. Tudo tão previsível. E Depois é só agir e pronto. Simples assim. MAS (sempre tem um mas) e quando não temos forças pra agir? E quando simplesmente não queremos partir para a prática? Eis o problema. Ou solução.

Desacreditar às vezes é necessário. Por vezes criamos coisas que não existem. A famigerada Doce ilusão. Acreditamos no fugaz. Até que enxergarmos que não dá pra viver numa pseudo-realidade e nos vemos obrigados a desacreditar. Desacreditar no que nunca existiu. Desacreditar é livrar-se. Soltar-se. Mudar de rumo. Adquirir autonomia. É mais uma chance pra ser feliz.

Aprendi a ser assim. Sozinha. Aprendi a não pedir ajuda. Ser um doce, mesmo estando amargamente triste. Aprendi que é de pouco que se consegue muito. Aprendi a esconder dores. Aprendi a ser uma boa menina. A falar pouco. E vejo que eu não aprendi nada. Aprendi que tenho muito que aprender. Aprendi a desacreditar.
Quero ficar aqui. Quietinha no meu canto. Pensando em não pensar. Sonhando em não sonhar. Existindo para não viver. Preciso disso. Só por hoje. Preciso escrever coisas sem sentido. Preciso não ver a hora passar. Preciso dormir mais que o normal. Preciso me agarrar as minhas dúvidas. Preciso esquecer. De mim. De coisas. De pessoas. Renato Russo me daria um tabefe e diria: "Quem acredita sempre alcança". Eu não acredito. Hoje não.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A verdade escrita nos muros.


Hoje fui ao centro da cidade, como de costume, olhando pela janela. Eu leio tudo, outdoor, bussdoor, tremdoor, cachorrodoor e inclusive muros. E descobri que os muros falam. E muito. Não havia somente pichações, futilidades e propagandas, tinha algo além. Algo com valor, talvez nunca percebido antes. Devia ter fotografado. Logo chegando na central, os muros diziam: "Eleição é farsa". As letras eram tortas e o vermelho não chamava muita atenção, entretanto, continuam dizendo: "Rebelar-se é justo, não vote". Pura verdade. Se é tudo uma farsa pra que votar?
Eu concordo. Concordo e ainda não voto. Muitos dos que votam deveriam concordar. Mas concordar não basta. Rebelar-se não basta. Não votar não basta. E o que bastaria? Não sei. Isso está tão enraizado. Parece irreversível. É um assunto que muitos não se interessam. Até eu não me interessava. Confesso. Nos deixaram cegos, surdos e mudos. Não sabemos disso, apenas somos. Mas como diria meu professor de filosofia disfarçado de matemática: "É o mau costume do povo brasileiro, o sistema está defasado".
Não se interessar pelo. Não fazer nada por. Não ligar para.
...
E voltando para casa, o muro me contou outro segredo. Muito irônico e esperto, disse assim: "Não penso, não existo. Só assisto" E ao lado uma simpática simpática silhueta com o rosto de logotipo da rede globo (plim plim). Não preciso dizer que o muro falou a verdade novamente. Eu ainda não conhecia essa frase. Não sei se é conhecida, mas me chamou muito a atenção.
E essa frase tem a ver com tudo isso.
Onde está os seres pensantes? Quando será a hora de existir?
Deixaremos um dia de sermos fantoches, meros brinquedos? Cansei de assistir. Cansei de dar audiência pra programinhas idiotas na tv. Cansei dos políticos corruptos. Cansei do sistema HORROROSO de educação. Cansei de estar cansada.
Eu não gosto de verdades fúteis.
Não quero saber quanto mede o bumbum (seria bumbum?) da mulher melancia e nem como está sendo legal a novela das 8.
Informações que acrescentam são sempre bem vindas.
São essas verdades que deveriam estar escritas nas revistas, jornais, outdoors, bussdoors, tremdoors, cachorrodoors e mantidas nos muros.
Mas também deveria estar VIVA no coração de cada brasileiro.
Verdades que a gente sabe, finge que não sabe.
E fica nisso. Somente verdades escritas nos muros.

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E eu que já estava arregaçando as mangas, tirando as poeiras dos cadernos e me preparando para deixar de acordar todo dia meio-dia, fiquei só na esperança mesmo. Meus neurônios gritam “aulas, aulas já!”. Acho que vão enferrujar. Pensei mesmo que já estivesse politicamente salva da gripe por não ir a escola por mais sete dias... Que lástima!
Se virou pandemia, é porque o negócio está feio hein.
Máscaras pra quê te quero!
E continua a saudade da escola, dos amigos, da aula chata física e o medo da gripe.
Boas férias p r o l o n g a d a s a todos.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Um mês e dois dias.



Só eu e você sabemos e sentimos que não é só isso, um mês e dois dias.
Não foi nada fácil. Fácil seria se fosse assim:

- Um mês e dois dias atrás, numa tarde ensolarada -
você: e aí gatinha, namora comigo? ;)
eu: ora, mas é claro, vamos lá em casa! :P

Não, definitivamente não foi assim.
Até porque quando você veio aqui não fez sol. Estava frio.
E eu mais nervosa que você.

Ah! Quanta coisa a gente já passou.
E pra onde foi a frieza? Onde está a ausência?
Quem escondeu as brigas sem sentido?
Pra onde foi o choro? Só vejo sorrisos.
Por esse motivo quero falar do presente.
Embora o presente tenha o reflexo do passado.

Você sabe, eu continuo a mesma.
A mesma menina indecisa que não sabe deixar de ser confusa.
Se expressa mal, entende tudo errado e faz confusão à toa.
Mas hoje o mundo é novo. Tanto pra mim, tanto pra você.
Está novo e bonito. Um olhar diferente.
Gosto das coisas como estão. Gosto do seu jeito.
Eu amo não ter dúvidas. As certezas são tão agradáveis.
A certeza de ter amar é a mais agradável de todas.
Eu dizia que ainda era cedo.
Hoje em dia, se eu pudesse, diria que te amo todos os segundos.
Nunca é cedo para estar com você.
Hoje, confesso que não sei do amanhã.
E que a gente pode sim, seguir rumos diferentes,
por isso prefiro falar do hoje, do agora.
Do nosso início, dos nossos primeiros passos juntos.
Do amor eterno enquanto dure.
Das nossas implicâncias e mordidas.
Olhares e beijos. Palavras e cheiros.
Dos momentos que estamos vivendo.
Dos dias mais felizes ao seu lado.
10 de fevereiro, 12 de junho ou 4 de julho.
Não importa. O que me importa é ter você HOJE.
E todos os outros dias.
Te amar todas as datas. Ser e te fazer feliz.

"O que fazes por sonhar
É o mundo que virá pra ti e para mim
Vamos descobrir o mundo juntos baby
Quero aprender com o teu pequeno grande coração
Meu amor, meu amor "
Renato Russo - 1º de Julho
PP

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Fechando os olhos.


É só fechar os olhos pra ver tudo de outro modo.
Se algo dói, feche os olhos. Doe menos.
Se tem raiva, feche os olhos. Ela diminui.
Se for sonhar, experimente também fechá-los.
De olhos fechados fica mais saboroso.
Seja aquele chocolate, ou aquela volta na montanha russa.
Ou aquele beijo dado por quem amamos.
Feche os olhos sempre, pra aquela surpresa
e pra sentir aquele cheirinho, um aroma ou perfume.
Feche-os pra fazer o pedido e assoprar a velinha.
Feche também durante aquele abraço apertado.
Se a saudade apertar, feche-os e não hesite em recordar.
Antes de dormir, feche-os e pense, pense e repense até pegar no sono.
Feche os olhos mais vezes,
inclusive pra não prestar atenção em CERTAS coisas.
Certas coisas que você não precisa ver.
Mas não esqueça das que você sempre deverá enchergar.
Abra os olhos pra ver que seu amigo está triste,
que sua mãe anda preocupada, que você precisa melhorar suas notas,
e que deve visitar sua vó mais vezes.
É simples.
Seus olhos, fechados ou não. Aproveite.
Sinta o momento, sendo ele bom ou ruim.
A vida é um aprendizado.
Mas pra mim, fechando os olhos é muito melhor.



sexta-feira, 24 de julho de 2009

Vou falar de amor.

Há quem saiba muito (ou diz saber) sobre os assuntos do coração,
e por esse motivo esbanjam conselhos, dicas e comentários (sempre sobre a vida alheia).
Enchem a boca e falam meia dúzia de palavras bonitas e o famigerado
I-Love-You-Baby, com a maior facilidade.
Se o certo é ser assim, sou errada neste mundo.
Demoro pra dizer que amo, demoro porque amor não é instantâneo.
Falam de amor, morrem de amor, e me parecem tão falsos.
Eu não sou assim. Não sei falar de amor. Eu até tento, me esforço.
Mas amor não é fácil, tanto pra deixá-lo, como pra descrever.
Pra mim o amor não foi feito pra ser alvo de discussão.
"Ah, o amor. O que é amor? Quando começamos a amar?"
E também não dá pra vender esse sentimento,
como tenho visto por aí.
E muito menos deveria ser alvo de audiência.
Amor foi feito pra sentir. Amor foi feito pra estar no olhar.
Pra agir com amor. Amar com amor. Viver com amor.
É tão fácil falar dos outros. É tão fácil ser como esses outros.
Ame o cara bonito, não ame o feio. Diga eu te amo no primeiro encontro e sinta-se com a alto estima nas alturas.
Difícil é agir diferente de todo mundo.
Difícil mesmo é expressar com gestos esse sentimento,
e sem palavras deixar a certeza de que não importa o que aconteça, você vai preferir ele.
Hoje, haja com amor. Não fale.


terça-feira, 21 de julho de 2009

Eu brigo.


Brigo mesmo. Vivo brigando.
E gostaria de dizer que é sempre com motivo, entretanto, possuo a arte de brigar, e isso explica o fato de ser uma constante.
Não é tão sério assim, é só uma mania à toa, mania de brigar.
Brigo com minhas manias.
Brigo com o tempo. Onde está o céu azul? Justamente hoje. Brigo com o sol.
Brigo com o sono. Não quero dormir agora.
Brigo com o sono, pois preciso dormir urgentemente.
Brigo com meu coração. Porque tinha que se apaixonar justamente por ele?
Brigo com ele. Não devia ter brincado comigo.
Brigo com minha minha mãe. Ela e eu, somos tão semelhantes.
Brigo com meus pensamentos. Não sonhe tão alto.
Brigo com meus medos. Não gosto de me sentir limitada.
Brigo com minhas limitações.
Brigo com minha melhor amiga, mas num instante esquecemos disso.
Brigo e me arrependo.
Porque tantas brigas?
Ora. Brigo comigo, pois tenho que parar de brigar.